Portal Amazônia 21 anos: relembre grandes coberturas que fazem parte da nossa história

Descobertas, ciência, cultura, momentos inesquecíveis e curiosidades sobre a região amazônica sempre fizeram parte do Portal Amazônia, que convidou algumas pessoas que constroem essa história para contar alguns destaques.  

Vinte e um anos. O Portal Amazônia, lançado em 5 de julho de 2001, celebra mais um ano entre as principais referências sobre a Amazônia. Para celebrar, convidados diversos jornalistas que já contribuíram e que ainda contribuem com o Portal para contar suas experiências mais marcantes nas grandes coberturas durante esses 21 anos. Confira:

Cheia do Rio Negro em Manaus

A jornalista Glaucia Chair foi coordenadora do Portal Amazônia. Ela começou em 2003 e ficou até meados de 2013.

“O Portal Amazônia sempre fazia matérias científicas sobre a Amazônia e ganhava muitos prêmios, principalmente da Fapeam [Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas]. Porém, uma das matérias que mais me impactou foi na cheia de 2009 [do Rio Negro, em Manaus]. Aquela foi a primeira grande cheia depois de 1953, então para a nova geração uma enchente tão intensa ainda era novidade. Nós pegamos um barco e decidimos mostrar como a cheia impactava as pessoas que moravam na orla da cidade e ficamos surpresos com a pobreza e condições desumanas em que as pessoas viviam, no meio das casas alagadas. Na verdade, uma realidade vivida até nos dias de hoje. Para essa matéria, em 2009, fizemos um texto descritivo e um vídeo que ficaram muito impactantes. Por vários meses foi a matéria mais lida do Portal Amazônia”.

Foto: Gláucia Chair/Acervo pessoal

Fifa Fan Fest – Copa do Mundo de Futebol 2014 

Gabriel Seixas, que começou no Portal Amazônia como estagiário, teve uma experiência singular no período em que trabalhou como repórter, entre 2013 e 2015.

“A cobertura mais marcante, que até me arrepio só de lembrar, foi a da Copa do Mundo em 2014 no Brasil. Era um sonho meu, por ser um apaixonado por futebol desde criança, mas que até pelo menos um ano antes não era um sonho possível, quando eu só estudava jornalismo e ainda não tinha experiência na área. Foi naquele ano, em 2013, que consegui uma vaga como estagiário no Portal Amazônia e conforme as coisas foram acontecendo aquele sonho começou a se materializar, até que chegou 2014. A Copa foi em junho, mas muito antes a gente começou a planejar conteúdos e eu falei ‘é a hora de brilhar!’. Coloquei meu coração naquele projeto.

Fizemos conteúdos prévios muito incríveis, originais, e vivemos dias de muito trabalho, mas também muito emocionantes. Um que me marcou muito foi a última Fifa Fan Fest, que foi na data da final da Copa entre Alemanha e Argentina. A gente estava com praticamente toda a equipe no anfiteatro da Ponta Negra, totalmente lotado e muitos estrangeiros. Passamos praticamente o dia inteiro lá trabalhando em equipe, mas acho que foi só ali, naquele último dia, que a gente terminou tudo, que a minha ficha caiu e pensei: puxa vida, participei da cobertura de uma Copa do Mundo e vou poder contar isso pra sempre. Até hoje eu não acredito. Está chegando mais uma Copa, em 2022 no Qatar, e quando chega esse momento são essas histórias que eu conto, que vou levar pra vida toda e tudo isso foi graças à oportunidade que o Portal Amazônia me deu. Então esse é o motivo muito especial pelo qual eu guardo o Portal Amazônia no meu coração, que me propiciou a oportunidade de realizar um sonho de criança”.

Acidente na estrada no Amazonas

William Costa foi repórter no Portal Amazônia entre 2016-2020 e atualmente está em Belém (PA), como doutorando em Comunicação, Cultura e Amazônia, pela Universidade Federal do Pará (UFPA). 

“Foram anos intensos e de extrema alegria em poder comunicar, da/na/a Amazônia. Recontar a história do acidente com o ônibus da Soltur que ia de Manaus à Itacoatiara em 1976, por meio de uma grande reportagem foi surreal, pois revivemos aquele fato que marcou tanto a vida dos itacoatiarenses. Como jornalista amazônida me realizo em comunicar a Amazônia e o Portal Amazônia foi, literalmente, um “portal” para que eu seguisse imerso e pesquisando a Amazônia em suas tantas Amazônias”.

Correspondente 

A jornalista Anne Nascimento foi correspondente do Portal Amazônia no Acre durante seis meses em 2013. 

“Eu acho que a principal cobertura que fiz pelo Portal foi um caso de corrupção aqui em Rio Branco chamado ‘G7’, em 2013. Aprendi muita coisa nesses seis meses que fiquei no Portal, ressignificou o modo como eu escrevia, e em seguida fui para o Amazon Sat“.

Geoglifos e herança ancestral

Isaac de Paula entrou em 2009 e foi até coordenador de conteúdo do Portal Amazônia. O jornalista permanece no Grupo Rede Amazônica e conta qual cobertura mais o marcou:

“Num momento em que o Brasil e o mundo se surpreendem com a descoberta de novos geoglifos no Acre, acho que a cobertura sobre essa questão dos geoglifos, na Amazônia, sempre foi uma pauta muito forte no Portal Amazônia, que se dedica a olhar para esses povos originários. Tanto é que essa matéria foi ganhadora de prêmio do Portal. É um assunto que intriga muito, como que essas civilizações ocuparam a nossa região e têm tanto ainda para ensinar. Quando a gente olha para o jornalismo científico, a gente vê a importância de estudar e conhecer essas populações para entender mais da nossa história e o que podemos aprender com elas”. 
Foto: Isaac de Paula/Acervo pessoal

Coberturas de festivais

Diego Oliveira está na equipe há 10 anos e conta como tem sido a experiência de mostrar a Amazônia para o mundo conhecer:

“Estou há 10 anos trabalhando no Portal Amazônia, ou seja, já participei de diversas coberturas. É sempre bom conhecer e desbravar a nossa região, principalmente, quando neste processo contamos histórias que tocam os internautas. Recentemente, estive em Boa Vista, Roraima, para cobrir um dos diversos festivais que temos espalhados pela Amazônia. Na ocasião, pude conhecer mais sobre a capital roraimense, além de ter contato com personagens riquíssimos que agregaram com matérias para o site. Outra cobertura que me marcou muito foi o Festival da Canção de Itacoatiara. Durante o evento, temos um contato maior com os cantores e cantoras que disputam no Fecani. Conhecer esses talentos é sempre surreal, porque mostra a potência e talento dos artistas da região”.

E você? Lembra de alguma cobertura jornalística ou notícia que acompanhou conosco? Conta pra gente!

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